domingo, 3 de agosto de 2008

HOMENS NA POLÍTICA: MENTIRAS E EQUÍVOCOS DIANTE DA VIDA


Somos muitos, muitos mais do que um punhado de bandidos de colarinho branco ou torso nu, a querer vida civilizada, comportamento honesto, respeito à dignidade de todos. Somos milhões a querer uma democracia de verdade, que assegure regras de convivência e o respeito às leis; este é o nosso grande desafio.

Ainda que intimidados e perplexos diante de crimes cometidos com o aval dos três poderes, somos a maioria.

A democracia em risco se coloca, em função da corrosão das instituições. O Congresso é objeto de descrédito e chacota nacional. O Judiciário, sem autoridade, enfraquecido pelo espetáculo patético de condenações, sem serem executadas e também recheado de corrupção. A democracia está corroída, prestes a desabar.

Acredito que a resposta da sociedade será dada em breve, nas próximas eleições. Eles que não se iludam, não são só os pobres que recebem “bolsa - sei lá o que” do governo, que votam. Mesmo assim, ainda acredito que um bando de imbecis ainda serão eleitos e pomposamente chamados de Excelência, que significa excelente, muito bom, que excede; o que não é o caso. Eles, os homens do poder, têm se excedido em causar o mal ao povo, acabando com as esperanças dos cidadãos de bem neste país.

Acho que este governo, entre tantos, foi e está sendo um dos mais corruptos de toda a nossa história.

Estes “Corruptíssimos Senhores” (um termo mais adequado) estão colaborando para a degradação deste país. O sistema inteiro (os três poderes) está falido e o povo, ingênuo ou não, junto.

Nos grandes escândalos ocorridos envolvendo políticos, empresários em enormes desfalques do dinheiro público, nunca, nada fica provado. Os seus pares jamais os condenarão, embora pesando milhões de indícios. Barganham entre si os julgadores. Compram-se e vendem-se julgadores como se fosse às bancas de camelô. O dito popular desses comparsas é o seguinte: “ladrão que julga ladrão tem 100 anos de perdão”; assim funciona no seu moitié (meio): e o povo que deveria enxergar isso, adormece na ignorância.

O povo é um forte colaborador, pela baixíssima escolaridade, fazendo muito bem à saúde destes políticos. É assim que se justificam alguns dos piores políticos que este país já viu se elegerem e reeleger.

Desta forma, se faz com as distribuições de favores ao povo, durante o período eleitoreiro, e o que vem ocorrendo em larga escala – sevando a parcela da população mais carente, com a distribuição, pelo governo, destas bolsas sem controle, sem ação social na recuperação do indivíduo. Portanto os abusos ocorrem de todas as maneiras e de ambos os lados; o que importa são os resultados.

Depois de encher os bolsos com o dinheiro dos trabalhadores, são infinitamente indescritíveis as maracutaias, os golpes de A a Z, melhores alunos – nota 10 no aprendizado – teoria e prática! Deus me livre! Dignidade? Nenhuma. Idoneidade? Nem sabem o que é isso. Ilibada conduta? Dá o dicionário pra eles, nunca viram esta palavra. “Não admito ser representada por gente desta marca...”.

Sempre trabalhei para estudar. Vivi profissionalmente numa época em que tudo era difícil e proibido. Acreditei que se nos libertássemos dos ditadores militares, o país poderia ficar melhor. Errei. Os equívocos e ações sórdidas da época se transformaram em doença crônica. Mesmo assim com as mudanças, acreditei que a democracia exerceria a efetivação da transformação para a população. E fez! Criou jovens desobedientes, revoltados que matam familiares por trocados, discriminam pessoas humildes, espancando, matando e usando drogas impunemente. Aumento do consumo de álcool, aumento da violência urbana, gerando pânico e insegurança na população; impunidade, provocando raiva e revolta e os políticos a roubar ainda mais o dinheiro do povo e a encher os próprios bolsos.

Quem tem uma visão mais ampla do que está ocorrendo, pode classificar todo esse caos e desesperança por todos os lados, como um verdadeiro holocausto. Holocausto este, que deriva das ações de um governo mal elaborado, que se nos apresenta pela irresponsabilidade e alienação dos personagens desta “história”, como um desmembramento, um retroceder no tempo, levando a situações irreversíveis.

Todo ser que tem por princípio a racionalidade e bom senso analisa: “como é possível”, com tantas condições, recursos inimagináveis e tão mal distribuídos, tão prejudicados por uma minoria sórdida que detém o poder e sobre a qual não se tem controle. A estrutura mental do ser humano ainda é aquela, baseada no concreto, naquilo que se pode ver, pegar... O conteúdo, a essência fica para depois. A maioria desses homens não sabe mesmo o que significa identidade, integridade, trabalhar pelo próximo (para isto foram colocados onde estão). Na realidade seus semelhantes, em se tratando de “conquistas”,(desde os tempos tribais) são seus inimigos. O homem ainda não tem a capacidade de usar nem 5% do seu cérebro, principalmente estes que estão no comando.

É como digo: ainda temos muito a aprender, estando o ser humano em condições primitivas de vida, muito longe da real evolução. Pode parecer muito forte o que afirmo, mas só quando o homem descer da árvore e parar de andar de quatro, quem sabe consiga evoluir o intelecto, aproveitando melhor a essência e ocorra o que todos queremos e que seria o ideal de vida.

No momento, mesmo com todas as regras em que estamos inseridos e tudo que acreditamos, da noção que todos têm do bem e do mal, dentro de si, ainda não são suficientes para desenvolver a capacidade mental de aplicabilidade, salvo raríssimas exceções.

O excesso de egoísmo é que leva ao caos. Os atos irascíveis destes homens podem levar o país à ruína. Antes que isso aconteça, nós os cidadãos, precisamos observar melhor os acontecimentos e analisar bem as nossas ações, ativando a memória na seleção sistemática e coerente nas decisões, para conseguir transformar este chão de riquezas incontáveis, num lugar habitável, feliz e integrado, onde as leis mesquinhas de alguns cérebros doentes sejam banidas: o respeito às diferenças individuais e equilíbrio não esteja somente como um ideal a ser conquistado, mas de fato seja o impulso na mudança dos conceitos equivocados deste País.

“O depositário da autoridade de qualquer extensão, principalmente a do governante sobre o povo, tanto quanto fortuna ou qualquer outra coisa que nos é permitido usar, nos é delegado, mas se nos pedirá contas, pois mandar exige responsabilidade, e não como o que pensam os poderosos da terra, como um direito ou propriedade.”

3 comentários:

Unknown disse...

Primeiro agradeço a sua "aparição" no meu blog. Entrei desesperançosa e vi o seu comentário e o de Guidi. Obrigada!

Quanto ao seu texto, muito bem escrito, como todos os que leio. Mas, sinceramente, não sei se esse é o governo mais corrupto para mi, talvez, seja o governo que mais teve expostas suas particularidades... não sou muito entendida do assunto (o que é muito ruim), porém, não sei onde vamos parar. Se ruim está agora, acho que pode ficar bem pior. E não é sendo pessimista, não... é muito mais por realismo... Dá uma insegurança dananda pensar no que pode vir, um medo que fica martelando, ao "dizer": "ruim com ele, pior sem ele".

Entra eleição, sai eleição, a conversa é sempre a mesma... as pessoas são sempre as mesmas, as propostas sempre as mesmas... Um ou outro que se salva, mas é corrompido de alguma forma no meio do caminho... quase que um total cliché, mas talvez porque o mundo, como eu acredito, seja realmente cliché...

beijos!

Unknown disse...

Ps.:Aqui é Shermilla, deusadaespiral é um e-mail antigo meu, que uso no orkut, acho que ficou registrado e saiu assinado por ele rsrsrsr

Anônimo disse...

Mas, sinceramente, não sei se esse é o governo mais corrupto para mim, talvez seja o governo que mais teve expostas suas particularidades... não sou muito entendida do assunto (o que é muito ruim), porém, não sei onde vamos parar.

Shermilla expressou exatamente o que eu penso a respeito do assunto. Depois disso, nem sei se há algo a complementar.

Ainda assim, gostei de saber que ainda há pessoas se questionando acerca da política e, principalmente, da posição da sociedade. É esse tipo de pensamento crítico que vai nos levar a patamares superiores de conhecimento.